quinta-feira, 25 de maio de 2017

Pequeno Baluarte


Não quero tampar meus ouvidos para oque  está por vir ( mas deveria)
não quero fechar meus olhos para o que está por vir (mas deveria)
Eu solto uma rima no papel e meu alaúde quebra
minha metáfora se esvazia
enquanto a sabedoria hiberna
jocosa e embriagada de tanto lamentar
em busca dos sãos e dos sábios
o mamão desse a rua mas não sei de onde ele veio
minha mente passa lampejos de onde ele poderia estar
Meus olhos aquela hora fitavam o cimento e a fruta a rolar
ate sumir da vista dos meus olhos mortos mais intactos
parados fitando alguém ou algo a espera de nada...
ele tinha uma melodia macabra se formando em meu coração
talvez ele fosse realmente ingrato
mas antes do fim pretendemos viver a vida toda pelo menos uma vez
enquanto lutamos contra a insensatez
esperando um dia pra ver quem leva a melhor
minha mente ou meu coração ?
mas se meu corpo estiver destruído no fim do combate
de que serviria a vitória ?
e se chegar morto ao menos levo os dois comigo para cova
porque busquei a resposta e lamentei quando a  encontrei
porque perdi tempo demais e não entendi nem a metade
estendi minha mão para alcançar minha válvula de escape
que titubeava nas ruas da cidade
era meu apoio meu ponto de partida ou chegada não sei...meu pequeno baluarte
meus pulsos ardem em busca de compreensão
mas a ferrugem me impede de mostra-los a razão...

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