quinta-feira, 25 de maio de 2017

Reciprocidade dos corações

Existe um silencio que eu quero quebrar
mas ao mesmo tempo quero que seja atemporal
posso sentir teu cheiro desse lado do quarto
e sei que nossas respiração tentam entrar em sincronia
nossos corpos são como imas
e nossas vidas tão opostas
quando viro as costas depois do "ate logo"
so sei olhar para trás
sempre a espera de algo mais
ou de tudo novamente
ouvir o timbre da sua voz e seu sorriso indolente
meu placebo para dias ruins
e dias bons também
nem sei se estou apaixonado por você
mas saiba que quero seu bem
mesmo que não me queira ver amanhã
mesmo que se parta e esqueça de mim
desejo sua felicidade
seja no seu ritmo ou nos da baladas que me levou
espero que se não me quiser
encontre alguém que te ame
como esse alguém te amou

Pequeno Baluarte


Não quero tampar meus ouvidos para oque  está por vir ( mas deveria)
não quero fechar meus olhos para o que está por vir (mas deveria)
Eu solto uma rima no papel e meu alaúde quebra
minha metáfora se esvazia
enquanto a sabedoria hiberna
jocosa e embriagada de tanto lamentar
em busca dos sãos e dos sábios
o mamão desse a rua mas não sei de onde ele veio
minha mente passa lampejos de onde ele poderia estar
Meus olhos aquela hora fitavam o cimento e a fruta a rolar
ate sumir da vista dos meus olhos mortos mais intactos
parados fitando alguém ou algo a espera de nada...
ele tinha uma melodia macabra se formando em meu coração
talvez ele fosse realmente ingrato
mas antes do fim pretendemos viver a vida toda pelo menos uma vez
enquanto lutamos contra a insensatez
esperando um dia pra ver quem leva a melhor
minha mente ou meu coração ?
mas se meu corpo estiver destruído no fim do combate
de que serviria a vitória ?
e se chegar morto ao menos levo os dois comigo para cova
porque busquei a resposta e lamentei quando a  encontrei
porque perdi tempo demais e não entendi nem a metade
estendi minha mão para alcançar minha válvula de escape
que titubeava nas ruas da cidade
era meu apoio meu ponto de partida ou chegada não sei...meu pequeno baluarte
meus pulsos ardem em busca de compreensão
mas a ferrugem me impede de mostra-los a razão...

Passagem



Sempre achei que depois da tormenta
e do vendaval viria a calmaria ...
mas o que encontrei foi um turbilhão de emoções
e uma falsa paz perturbadora, histérica mas afável
Talvez porque já tenha tomado minha decisão ... ou talvez porque não me importe mais,
não como antigamente
Os dias são quietos mas as noites ouço a multidãod e sentimentos,
cada um deles...
Como ecos do meu coração tentando corroer meus pensamentos
não que sejam louváveis e esperançosos
Mas temos que lutar por algo para parecermos mais humanos
para mão esquecer de como éramos e o que nos tornamos
como queria te abraçar te contar tudo
e no final guardar só o pior dentro de mim
Essa ferida que não sara
que não passa a dor
mas que cada dia se fecha mais  e se abre no meu interior
E sei que lá dentro em algum lugar
esta cravado nomes
datas e outras recordações
mas que com o tempo se apagam
dando lugar a outras emoções
outras feridas, outras versões de mim
já não sorrio quando lembro do passado
já não assobio aquela canção
... que na verdade nem  me lembro qual era
tudo e novo mas o passado e minha ponto para o futuro
uma ponte intransponível
mas que de alguma forma passarei