quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Homem de Papel



Homem de papel que se perde a linha
se cala e se fascina por tão pouco a ganhar...
seus dias são oblíquos e não quero te questionar
porque no final estaria me traindo
e digo mais o relógio ainda bate e a morte traz
todas as suas resposta que a vida não pode dar
outra ironia e que o fogo pra te aquecer vai te queimar... ( sinto muito)


Me subscrevo no papel novamente e me vem uma ruína eminente
do que não pude viver, sentimento inerente ao que sou
vejo muros vejo portas e não sei exatamente pra onde vou
essa folha branca distorcida é meu alento
o som que o lápis faz ao seu encontro no fundo e um tormento
(mas que me traz paz....)

Que me lapida e trasporta para onde não se vai...
... andando com as próprias pernas ...
...aonde não se chega pulando de paraquedas...
o empirismo que me  guia levou-me  a ficar só
ironia ,o que te faz crescer no final te fazer perecer
mas a fé remota acaba abalando as estruturas tortas
de quem não edificou na rocha
identificou por contra própria que estava doente

(... susto  ao mesmo tempo sorte )
a vida brinca com sua amiga morte
o jogo do destino chamado " você'
Mas espera ela me disse que o relógio ecoa e bate
enquanto no silencio e vazio a dor se desvaire-se

Me perco nessas linhas e no fundo branco que minha mente fascina
e me enxergo desmanchado em tinta no papel
seria uma copia de mim ou eu estaria em outra dimensão
ficção ou não parece ter vida, pois a lagrima desce a cada linha percorrida
e no degradê dos anos vou tentando entender
o que se passou e o que se passa, e porque vejo você ?









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