terça-feira, 7 de outubro de 2014

Ponto de vista

Parado observando a paisagem e
absorvendo toda sua vitalidade
encontro a paz em lugares comuns
mas que são pouco questionáveis
(de como algo tão simplório
pode conter tamanha paz  )
afinal oque foi preciso abrir mão ?
para que aquela dor e aperto saia do coração ?
momentos que são horripilantes a primeira instancia
podem se tonar de  fato molificantes
depende do globo ocular que o vê
depende do que você conseguiu reter
o inimigo só cai e você continua revigorando
as folhas velhas caem e as novas vão brotando
é quando o inverno sai o verão vem chegando
por mais contraditório que pareça
toda a sua historia gira em torno de alguém
o muleque que joga bola no campo é você mal conhece
mas que te vê chorar e logo faz uma prece
ou a senhora que nas madrugadas sai a rua
orando para que anjos guardem as vielas escuras
ou como a moça que cedo faleceu
mas serviu de exemplo pra lembrar que o peixe morre pela boca
e tudo isso se percebe observando além da porta
aquela que se abre quando o os olhos começam a perceber
que o mundo não gira em torno de você
mas por você é com você
é complicado e contraditório tentar entender
que o sentido da vida não e apenas viver aprender conhecer e morrer
pelo menos uma dessas vidas sua historia tem que enriquecer...

Parado fitando o céu reluto a compreender
que é  o mesmo colorido que seus olhos podem ver
o seu céu e tão límpido como o meu ?
e penso também se essas ruas ouviram os passos seus
e tento segui-los cada passo mesmo fracassando
pisando e falso e muitas das vezes errando
seguindo sua sombra a cada canto
como se não houvesse luz o bastante
me identifico com as crianças daquele dia distante
onde me perdi nos nuances e nos sons
no toque e barulho do vento
e nos ecos das crianças jogando bola
no vasto e imenso campo de visão que meus olhos puderam ver
pela primeira vez enxerguei o que me disseram uma vez :
"retire o MAS do seu vocabulário um pouco e coloque um talvez ou um sim
se permita ser feliz "
e hoje eu me permiti,
não só hoje mas desde aquele momento nostálgico
onde pude sentir o chão com meus Pés descalços
livres para seguir os encalços
das historias que me completam a cada passo que dou
hoje uma criança chorou
conheci um rapaz que de cara me encantou
com a sutileza e simplicidade que a vida não teve
e que provavelmente não percebeu que a tivesse
e uma moça que mesmo triste insiste em sorrir
não entendo o porque mas torço para vê-la feliz
por isso paro e observo o que a vida traz para mim
a absorvo tudo que me entregam e agradeço por coexistir









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